A economia japonesa deverá contrair no curto prazo, em consequência do terramoto de sexta-feira, mas voltará ao crescimento graças aos esforços de reconstrução, disseram, esta segunda-feira, analistas, alertando no entanto para as sérias consequências do sismo para o sector segurador.
A AIR Worldwide, consultora de modelação de risco de catástrofes naturais, calculou que o sismo do Japão causou prejuízos de 1,2 biliões de ienes (10,5 mil milhões de euros), sem contar com os efeitos do tsunami que se seguiu ao tremor de terra.
Caso se confirmem os piores receios da AIR Worldwide, que apontam para os 34 mil milhões de dólares (24,43 mil milhões de euros) de prejuízos, a catástrofe japonesa seria a segunda pior na história ao sector segurador, depois do furacão Katrina ter devastado o Estado de Nova Orleães, nos Estados Unidos, em 2005, causando prejuízo de 62,2 mil milhões de euros, disse a Munich Re, companhia de resseguros, que assume o risco das carteiras das seguradoras.
"Apesar da provável baixa penetração de seguros, pensamos que, devido à magnitude [do sismo], este poderá ser o maior acontecimento de sempre no sector dos seguros", disse, numa nota aos clientes, Thorsten Wenzel, analista do DZ Bank.
"Não surpreende que as acções das companhias de seguros, e das empresas com fábricas perto do epicentro, tenham registado hoje descidas" diz, numa nota de análise, Shogo Maeda, chefe do departamento de análise de acções japonesas da gestora de activos Schroders.
Referindo que a região onde o sismo mais se fez sentir produz cerca de sete por cento do Produto Interno Bruto japonês, Shogo Maeda prevê que, num prazo mais dilatado, o tremor de terra não terá grande efeito sobre a economia japonesa.
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