quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Nunca mais voltaremos a viajar da mesma forma

Viajar transformou-se num teste de paciência. Os combustíveis encareceram. Disparou o investimento em tecnologias de informação. O conceito de privacidade é cada vez mais relativo. As nossas vidas mudaram depois daquele 11 de Setembro, em Nova Iorque.


Dez anos depois do atentado ao 11 de Setembro


Uma simples mochila esquecida num local público deixou de ser uma simples mochila esquecida. Tornamo-nos cidadãos desconfiados num mundo em que tudo é suspeito desde que os aviões caíram no coração da América no dia 11 de Setembro de 2001.

Dez anos depois dos atentados, não podemos viajar sem obedecer a um rigoroso conjunto de regras ou iniciar um debate sobre o que é invasão de privacidade e interesse público. 

Descalçar sapatos, tirar cintos, racionar a quantidade de líquidos, descobrir que objectos rotineiros como um isqueiro ou uma lima estão na lista de proibições das companhias aéreas ou conhecer as regras de transporte de pilhas e baterias tornou-se na nova rotina. Embarcar num avião é hoje um exercício quase militar e para trás ficou o tempo em que visitar o 'cockpit' era uma experiência acessível.

Mais polémica tem sido a a utilização se 'scanners' corporais nos aeroportos. Trata-se de uma tecnologia concebida para detectar, por exemplo, material explosivo camuflado no corpo. Do ponto de vista das liberdades individuais, o preço a pagar por esse tipo de segurança é a exposição total da intimidade de cada um. E o mundo dividiu-se entre os que defendem que os limites da privacidade foram ultrapassados e os que consideram que tal se justifica, se isso servir para evitar a perda de vidas humanas.

De resto, a ameaça de atentados terroristas justificou, recentemente, a celebração de um acordo entre Portugal e os Estados Unidos que visa a "disponibilização de dados datiloscópicos (como impressões digitais) para efeitos de prevenção e investigação criminal e de perfis de ADN", refere o documento. A medida mereceu a reprovação da Comissão Nacional de Protecção de Dados, que considerou, por exemplo, que o acordo não salvaguarda a possibilidade de os dados não serem utilizados em procedimentos que conduzam à pena de morte.

Voar é o lado mais visível das mudanças do pós 11 de Setembro. Mas não é o único. O investimento em tecnologias ligadas à segurança disparou. Andar pelas ruas de uma cidade ou entrar num museu são actos hipervigiados. Da mesma forma subiu o investimento em tecnologias de protecção de dados informáticos. Muitas empresas apostaram em 'softwares' sofisticados com o objectivo de prevenir ataques.

A indústria das energias e dos combustíveis também não voltou a ser a mesma: consideradas alvos prováveis de atentados, a estas empresas não restou outra hipótese que não o reforço dos seus sistemas de segurança, aumentando, como nunca antes, o preço de combustíveis ou da electricidade.

Ver através da roupa

Um 'scanner' corporal permite ver através da roupa, mas não através do metal e de substâncias como drogas e explosivos.

'Scanners': que riscos?

Segundo a "News Scientist", uma exposição excessiva dos 'scanners' que usam raios-X podem causar problemas ao nível do ADN que, por sua vez, podem conduzir a doenças como o cancro. Investigações recentes concluíram, entretanto, que os 'scanners' com ondas milimétricas podem também causar danos à saúde humana. Os passageiros têm sempre a alternativa de serem revistados manualmente.

Passaporte biométrico

Um passaporte biométrico contém um minúsculo 'chip', no qual são armazenadas informações sobre o seu detentor. O sistema tem, contudo, falhas: a falsificação é possível e documentos como este foram recentemente encontrados na Internet à venda por quantias entre os 600 e os 900 euros.

Viajar com armas

Alguns países estabeleceram duras regras para o transporte de armas. Itália exige um certificado de exportação temporária emitido pela polícia. Na Suíça, é proibida a entrada de munições consideradas de armamento de guerra. Já o Reino Unido optou pela proibição total do transporte de armas.



Americana tem os maiores seios do mundo





Annie Hawkins-Turner, de 57 anos, entrou para o Guinness há 12 anos e mantém o título até hoje.



A americana é a mulher com os maiores seios naturais no mundo. Em 1994, quando foi publicada a sua primeira fotografia e entrou para o livro dos recordes, o tamanho do sutiã era 48. Hoje veste o 72.

Cada seio de Annie tem 109,22 centímetros de circunferência. Os dois juntos pesam 50 quilos. Para entrar para o Guinness, Annie teve de realizar vários exames para provar que os seios são mesmo naturais.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Queda de avião russo fez 43 mortos e dois feridos

Um avião russo despenhou-se, esta quarta-feira, a nordeste de Moscovo, provocando a morte de 43 pessoas. Há dois sobreviventes. A bordo seguia uma equipa de hóquei no gelo.









"O Iakovlev-42 despenhou-se a dois quilómetros do aeroporto Tulochn, em Iaroslavl, quando levantava voo", disse um porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, à agência Interfax.

A Agência de Aviação da Rússia anunciou que o avião não conseguiu atingir uma altitude segura e acabou por chocar com uma antena de farol, situada na pista do aeroporto.

O avião transportava 45 pessoas, incluindo a equipa de hóquei no gelo do Lokomotiv de Iaroslavl, que ía jogar contra o Dínamo de Minsk, na Bielorrússia. Segundo o último balanço oficial do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, 43 pessoas morreram, tendo sobrevivido um passageiro e um membro da tripulação.
Os sobreviventes são Alexandre Galimov, avançado do Lokomotiv de Iaroslavl e da selecção russa de hóquei no gelo, e Alexandre Sizov, engenheiro de bordo, que foram conduzidos para o hospital.

"Galimov tem 80% do corpo queimado. Já foi submetido a uma operação, mas precisa de várias. O engenheiro de bordo tem 15% do corpo queimado e uma fractura na anca", anunciou o director do hospital.

Segundo a agência France Presse (AFP), o incidente ocorreu às 16.05 horas locais (12.05 horas em Portugal continental).

Uma fonte do Lokomotiv de Iaroslavl indicou que os jogadores da equipa eram, na sua maioria, russos mas acrescentou que entre as vítimas se encontram "hoquistas da Suécia, Polónia, Ucrânia, República Checa, Alemanha, Biolerrússia, Letónia e de outros países".

O aparelho Iakovlev-42 (considerado como "sucata", "velharia", segundo uma classificação da NATO), foi fabricado na década de 70 para substituir os Tupolev 134.



NASA fotografa vestígios do Homem na Lua

Uma nave espacial robô fotografou trilhos e outros vestígios deixados pelos astronautas das missões Apollo à Lua, entre 1969 e 1972.



O aparelho da NASA conseguiu aproximar-se o suficiente para recolher evidências da passagem do Homem pela superfície lunar. Nas fotografias também é visível o rasto deixado por um veículo.

Segundo o diário britânico "The Guardian", as fotografias, tiradas há duas semanas a uma distância da superfície que varia entre os 21 e os 24 quilómetros, revelam marcas de aterragem das Apollo 12, 14 e 17. Nas imagens, é possível distinguir rochas de objectos feitos pelos astronautas.

As fotografias mais próximas pertencem à missão da Apollo 17, em 1972.





terça-feira, 6 de setembro de 2011

Coluna militar líbia chega ao Níger em provável negociação de refúgio para Khadafi

Uma numerosa coluna militar líbia entrou em território do Níger, tendo chegado ainda ontem, noite avançada, à cidade de Agadez, no mais recente sinal de capitulação das forças que se mantinham ainda leais ao regime do deposto Muammar Khadafi, mas também sugerindo que podem estar em curso negociações para dar refúgio ao coronel num país africano "amigo".






O grupo, com uns 200 a 250 veículos armados, transporta na maioria guerrilheiros tuaregue que tinham sido recrutados por Khadafi, segundo foi reportado por fontes militares do Níger e confirmado por responsáveis franceses à agência noticiosa britânica Reuters. Um residente de Agadez, no norte do Níger, conta porém serem pouco mais de uma dezena de camiões com tropas líbias muito bem armadas, acompanhadas por alguns guerrilheiros tribais tuaregue.

“Vi uma coluna impressionante e não habitual de muitas dezenas de veículos a entrar em Agadez, vindos de Arlit, uma cidade mineira perto da fronteira com a Argélia, e dirigir-se por estrada em direcção a Niamey”, relatou à agência francesa AFP uma testemunha militar local, sob anonimato, dando conta dos “rumores de que Muammar Khadafi ou um dos seus filhos, provavelmente Saif al-Islam, estarão na coluna”.

Fonte militar francesa avalia que este movimento de tropas pode ser uma tentativa do coronel em negociar secretamente com as autoridades de Niamey um refúgio seguro naquele tradicional aliado do seu regime. O mesmo responsável indicou que a coluna militar líbia foi escoltada por soldados do Níger, sugerindo ainda que Khadafi poderá ainda juntar-se a ela numa rota em direcção ao Burkina Faso, país que lhe ofereceu asilo.

Não há porém qualquer confirmação de que Khadafi esteja naquela coluna militar, ao mesmo tempo que o seu porta-voz, Moussa Ibrahim, continua a reiterar que o deposto líder líbio permanece no país natal e “com o ânimo elevado”. “[Khadafi] está num lugar na Líbia, ao qual não chegarão os grupos divisionistas”, afirmou em referência ao movimento rebelde que pôs fim aos 42 anos de Governo autocrático do coronel.

Negociações para capitulação de Bani Walid

Horas antes da entrada da coluna militar líbia no Níger, o canal de televisão Al-Jazira reportara que os rebeldes tinham finalmente conseguido firmar um acordo com representantes das forças leais a Khadafi na cidade de Bani Walid, um dos últimos quatro redutos do coronel na Líbia, a par da sua cidade natal, Sirte, e ainda Jufra e Sabha.

Segundo a Al-Jazira, este acordo dá luz verde para as tropas da rebelião entrarem ainda hoje, e sem combates, em Bani Walid, cidade a 150 quilómetros para sul de Trípoli. Mas a Reuters cita líderes rebeldes pondo esta hipótese em dúvida e avaliando as negociações como não tendo sido sérias, uma vez que as forças pró-Khadafi continuaram a disparar enquanto as mesmas decorriam

Ainda assim, o líder do Conselho nacional de Transição, órgão político da rebelião e tido quase com consenso global na comunidade internacional como o governo provisório de factona Líbia, insistiu hoje que as conversações para a rendição de todos os leais a Khadafi vão continuar até sábado, quando termina o ultimato dos rebeldes.