Kadafi anunciou o cessa-fogo, a ONU espera que cumpra, mas de Tripoli chegam relatos de troca de tiros. Ouviu-se uma grande explosão perto da base do lÃder lÃbio e as anti-aéreas das forças leais ao regime continuam activas a defender-se dos ataques dos aliados.
Uma forte explosão foi sentida, em Tripoli, esta noite. Segundo a repórter da Al Jazeera, Anita McNaught, no local, viu-se "uma enorme explosão na direcção do complexo de Bab al-Azizia", onde se acredita que Kadafi está instalado.
De acordo com a repórter da Al Jazeera, ouviram-se, também, tiros de anti-aérea, atribuÃdos à s forças leais a Kadafi, numa aparente resposta aos ataques das forças aliadas.
Um oficial norte-americano disse desconhecer a existência de vÃtimas civis e garantiu que os aliados não tencionam "ir atrás de Kadafi", que este domingo anunciou o cessar-fogo unilateral por duas vezes, a segunda pouco depois do reinÃcio dos ataques aliados.
Os ataques desta noite são mais fortes que os de ontem. "A chuva de mÃsseis é mais visÃvel que a de ontem", relata o "El Pais", na edição online daquele periódico espanhol.
As baterias anti-aéreas das tropas do regime responderam ao ataque da aviação da coligação internacional, poucos minutos antes de Kadafi ter ordenado um cessar-fogo unilateral, que neste momento não é possÃvel saber se está a ser cumprido pelos leais ao lÃder lÃbio.
Em conferência de imprensa, um porta-voz do exército lÃbio referiu que o anúncio surge como resposta ao apelo lançado pela União Africana de uma "cessação imediata das hostilidades". O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon disse esperar que o cessar-fogo seja cumprido.
Horas antes, em declarações à televisão da lÃbia, Kadafi chamou "terroristas" aos paÃses da coligação.
"Mostraram ao Mundo que não são civilizados, que são terroristas - animais a atacar uma nação soberana que não fez nada contra vocês", disse o lÃder lÃbio, que considerou os paÃses aliados - - EUA, Inglaterra, França, Canadá e Itália - como "os novos nazis".
Qatar também entra na coligação
Entretanto, o Qatar decidiu juntar-se à coligação internacional contra as forças de Kadafi e enviou quatro aviões para os céus da LÃbia.
O porta-voz do Ministério da Defesa francês, Laurent Teisseire, referiu-se a um "ponto decisivo" na operação que disse ser "a decisão do Qatar de enviar quatro aviões para a zona".
Este domingo, o principal responsável militar dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen, afirmou que a primeira fase de ataques aéreos contra alvos na LÃbia foi "um êxito" e permitiu criar uma zona de exclusão aérea.
O chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos disse, também, que as forças leais a Muammar Kadafi "suspenderam o avanço" para Benghazi, cidade bastião dos rebeldes a quase mil quilómetros para leste da capital, Tripoli.
Na madrugada deste domingo, segundo um porta-voz do comando militar africano dos EUA em Estugarda, na Alemanha, Kenneth Fidler, 19 aviões norte-americanos, entre os quais três bombardeiros furtivos B2 e caças F-15 e F-16, atacaram objectivos na LÃbia.
No terreno, fontes dos rebeldes lÃbios em Benghazi, citadas pela agência France Presse, indicaram que dezenas de veÃculos militares das forças do regime foram destruÃdos, em ataques lançados a partir do ar, a cerca de 35 quilómetros a oeste da cidade.
Ainda segundo os rebeldes, a operação aérea foi realizada por caças franceses e teve inÃcio pelas 5.30 horas locais (3.30 horas em Portugal Continental), prolongando-se por cerca de duas horas.
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