quarta-feira, 30 de março de 2011

Centenas de milhares em protesto no Iémen

Centenas de milhares em protesto no Iémen


Centenas de milhares de manifestantes protestaram, esta quarta-feira, em várias cidades do Iémen, pedindo a saída do presidente e denunciando a explosão numa fábrica de munições que causou pelo menos 100 mortos. 

Grupos da oposição acusaram o presidente Ali Abdullah Saleh de colaborar com a al-Qaeda ao retirar o exército da zona da referida fábrica permitindo à rede terrorista invadir a área.
Segundo o Ministério do Interior, pelo menos 100 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas na explosão ocorrida na segunda-feira.

As vítimas são civis que entraram no estabelecimento para tentar recuperar armas ou munições um dia depois de elementos da al-Qaeda terem atacado a fábrica de produção militar e roubado caixas com munições.
Os protestos contra o regime decorreram hoje em Sanaa, assim como em Saada, onde os rebeldes xiitas lutam há anos contra Saleh, e em Marib, um bastião da al-Qaeda e uma de várias áreas onde o governo central tem pouca autoridade.

A continuação de Saleh no poder "constitui grave perigo para o Iémen e para o seu povo e põe em perigo a segurança e a estabilidade da região", indica um comunicado da oposição.
O controlo do Estado tem diminuído significativamente no Iémen no último mês, com a governo a retirar a polícia de várias cidades e os manifestantes a afastarem a polícia e o exército de outras zonas e a organizarem milícias de auto-defesa.

Os contestatários responsabilizam Saleh por má gestão e pela repressão contra os manifestantes, e garantem não abandonar os protestos até que ele abandone o poder.

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