sábado, 2 de abril de 2011

Rebeldes querem tréguas



Ante a resistência do líder líbio, Muammar Kadhafi, os rebeldes anunciaram ontem disponibilidade para negociar um cessar-fogo. O presidente do Conselho Nacional Transitório, Mustafa Abdel Jalil, afirmou, após reuniões com um enviado da ONU, que uma trégua é viável, mas desde que as tropas do regime levantem o cerco a cidades como Brega, onde ontem se travaram duros combates. 


"Têm de deixar as posições em volta das cidades", afirmou Jalil, exigindo ainda a Kadhafi "respeito pela liberdade das pessoas". O regime recusou as condições. "Querem que deixemos as nossas próprias cidades? Se isto não é loucura não sei o que é", afirmou um porta-voz do governo. A oferta de tréguas parece resultar da mediação do enviado da ONU, Abdelilah al-Khatibset, que manteve paralelamente encontros com representantes do regime.
Noutra frente diplomática, um enviado de Kadhafi visitou Londres para, segundo o jornal ‘The Guardian’, levar propostas de saída para o conflito. Mohamed Ismail, assessor de Saif al Islam, o mais poderoso filho do líder líbio, terá proposto, nomeadamente, que Kadhafi transmita o poder a um governo de unidade nacional, permanecendo na chefia do país com papel simbólico.
O aumento de esforços de pacificação acontece quando se torna claro que o apoio aéreo da coligação liderada pela NATO não impede o avanço das forças de Kadhafi, que ontem tomaram e saquearam Misrata. "Estão a vandalizar comércios e casas e a matar pessoas", afirmou um porta-voz dos rebeldes.
Entretanto, familiares de vítimas do atentado ocorrido em Lockerbie, que matou 270 pessoas após a explosão de um avião da Pan Am, exigem que o antigo chefe da espionagem líbia, Moussa Koussa, refugiado em Londres, seja julgado pelo crime. 


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