A ONU negou nesta terça-feira que o ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo tenha sido retirado de Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim.
“Ao contrário de informações divulgadas anteriormente, Laurent Gbagbo permanece no hotel Golf (em Abidjan)”, disse o porta-voz da ONU Farhan Haq. A informação anterior era de que forças leais ao rival, Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como vencedor das eleições presidenciais de novembro, teriam retirado Gbagbo de Abdijan.
O ex-presidente se entregou na segunda-feira após uma investida militar na residência presidencial na cidade. Ele ficou cercado durante uma semana por forças leais a Ouattara.
Na segunda-feira, Ouattara prometeu garantir a segurança de Gbagbo.
Tiros
Segundo o correspondente da BBC em Abidjan Mark Doyle, tiros isolados podiam ser ouvidos nesta terça-feira nas ruas de Abidjan, que estão sendo patrulhadas pelas tropas leais ao novo presidente. No entanto, segundo ele, não está claro se as forças leais de Gbagbo são responsáveis pelos disparos.
O comandante do Exército, que permaneceu ao lado de Gbagbo até sua prisão, passou a defender a lealdade ao novo presidente. No entanto, muitos militares e milicianos se recusam seguir sua orientação.
Cerca de 1,5 mil pessoas foram mortas no país e 1 milhão foram obrigadas a deixar suas casas por causa do conflito, que começou em novembro, quando Gbagbo se negou a aceitar sua derrota nas eleições presidenciais. A recusa gerou uma grave crise na Costa do Marfim, com confrontos entre simpatizantes de Ouattara e Gbagbo.
Prisão
O ex-presidente e sua mulher, Simone, foram levados à base de Outtara no hotel Golf logo após a prisão. Um vídeo exibido no canal TCI, pró-Outtara, mostrou Gbagbo sentado em um quarto, aparentando estar confuso, porém sem sinais de ter sofrido violência.
Em um pronunciamento feito na TV na segunda, Ouattara afirmou que Gbagbo, sua mulher e seus "colaboradores" serão investigados por autoridades judiciais, mas que medidas serão adotadas para garantir a integridade física do ex-presidente.
O premiê do novo presidente, Guillaume Soro, reiterou que foram as forças leais a Outtara que capturaram Gbagbo na residência oficial e não as tropas francesas, como o ex-presidente havia dito.
“O oficial que prendeu Gbagbo estava em nome das Forças Republicanas. Era um comandante que entrou no bunker e disse a ele: ‘Senhor presidente, nós recebemos a ordem de removê-lo daqui com vida’”, afirmou Soro.
Fonte: IG
Fonte: IG
Existem informações provenientes da imprensa angolana que a esposa do ex-presidente teria sido estuprada por seis oficiais de Outtara,em um ato de covardia e humilhação imposta a um presidente derrotado e a disposição das autoridades judiciarias da Costa do Marfim;mais uma vez a intervenção da O.N.U. e da França se faz necessaria para que um regime tirano não seja substituido por outro igual ou pior.
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